Até 1975, em Portugal, o setor da grande distribuição de energia elétrica era caracterizado por uma grande dispersão de empresas (municipais e privadas) com sistemas distribuidores e tarifas muito díspares. O consumo de eletricidade concentrava-se nos centros urbanos, deixando uma grande parte do mundo rural sem acesso a este serviço.
A Electricidade de Portugal (EDP) foi criada em 1976, resultando da fusão de treze empresas de distribuição e produção de eletricidade, que haviam sido nacionalizadas após a Revolução de 25 de Abril de 1974.
A nova empresa herdou um quadro complexo que precisava ser alterado. Para enfrentar esses desafios, elaborou um plano com os objetivos de electrificação total do território, melhoria da qualidade dos serviços prestados e uniformização tarifária. Para acompanhar o rápido crescimento do consumo energético, a EDP investiu fortemente no aumento da sua capacidade instalada. Desde o final dos anos 1960, a política energética focava-se na construção de centrais termoeléctricas, utilizando como matéria-prima o fuel-óleo.
Cartaz EDP (Anos 30)
Central Tejo, actual Museu da Electricidade (fotografia dos anos 40)
A Electricidade de Portugal (EDP) foi criada em 1976, resultando da fusão de treze empresas de distribuição e produção de eletricidade, que haviam sido nacionalizadas após a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Em 1994, a empresa passou por uma profunda reestruturação, criando o Grupo EDP, composto por 19 empresas, incluindo CPPE, REN, EN, CENEL, LTE e SLE. Com a entrada do Grupo EDP na Bolsa, também em 1994, foi possível iniciar a sua privatização. Ainda em 1991, com vista à futura liberalização do mercado energético ditada por Bruxelas, as redes integradas no Sistema Elétrico de Abastecimento Público (SEP) foram liberalizadas, passando a regime de open access. Entre 1997 e 2011, a empresa foi privatizada em várias fases e internacionalizou-se para mercados como Brasil, EUA, Reino Unido, França, Itália, Bélgica, Polónia e Roménia no sector das energias renováveis.
Actualmente, o Grupo EDP compreende empresas como a E-Redes, EDP Comercial, SU Electricidade e a Fundação EDP, instituição criada em 2004 com grande relevância no domínio cultural, científico e social. Em 2015, a nova sede da empresa foi inaugurada na Av. 24 de Julho, destacando-se pela sua linguagem arquitectónica que atribui volume e expressão, sem perder leveza e permeabilidade, em constante diálogo com a cidade. O edifício, projectado pelos arquitectos Manuel Aires Mateus e Francisco Aires Mateus, foi distinguido com o Prémio Valmor em 2017. Em Junho de 2022, a empresa reformulou a sua imagem, substituindo o símbolo vermelho por uma espiral com tonalidades entre o verde, roxo e azul, com o lettering EDP a branco, com o objectivo de acelerar a concretização da ambição de liderar a transição energética e crescer enquanto companhia global.
Sabia que
A Central Térmoeléctrica de Sines durante os anos 90 chegou a abastecer um terço de toda a electricidade consumida em Portugal
O quadro de trabalhadores da EDP era de 22741 pessoas no final de 1984
No lugar onde hoje se encontra a actual Sede da EDP, existiu nesse espaço nos inícios do século XX a Fábrica do Gás