Com o objectivo de conquistar o apoio dos cidadãos à guerra (a maioria dos americanos, por exemplo, foi contra a entrada dos Estados Unidos da América na guerra até ao ataque dos japoneses em Pearl Harbor em 1941) e manter o moral colectivo de pé durante o longo decorrer do conflito, os vários governos utilizaram todos os meios de comunicação disponíveis para empregar a sua propaganda.
Um dos principais, e seguramente mais eficazes meios utilizados para motivar os cidadãos foi o cartaz impresso. Não só pela facilidade com que era produzido mas também pela simplicidade com que era aplicado em qualquer local ou cenário. O cartaz permitia que a sua mensagem estivesse sempre presente na mente das pessoas, sob a forma de um apelo incessante para que estas dessem mais, produzissem mais e se sacrificassem mais em prol do esforço de guerra.
Produzidos por ministérios e agências governamentais, organizações independentes (como a resistência) ou empresas privadas, este meio de comunicação vital transmitia a sua mensagem através de uma combinação de ilustrações, com um forte carácter emocional, e mensagens de texto fáceis de memorizar. Inversamente ao que sucedia na Primeira Guerra Mundial, onde os cartazes eram mais artísticos e também mais sombrios, a propaganda da Segunda Guerra Mundial (principalmente a partir de 1943) passou a recorrer a mensagens de texto simples com imagens estilizadas feitas por artistas da indústria publicitária para uma maior eficácia e compreensão.
Os cartazes impressos eram também a forma de propaganda mais democrática de todas, pois chegavam de forma igual a todo o tipo de pessoas, qualquer que fosse a sua condição. Tal como as outras formas de propaganda utilizadas neste período, os cartazes impressos inspiravam patriotismo e apelavam ao contributo, tanto individual como colectivo, a bem da causa nacional. Este contributo podia assumir diversas formas como o alistamento nas forças armadas, o racionamento de comida ou de outros bens essenciais, o esforço na produção da indústria da guerra, o cuidado com as conversas em locais públicos ou a compra de títulos de guerra, que só nos Estados Unidos da América financiou o esforço de guerra em mais de 42%.
Passados quase 80 anos sobre o fim do maior conflito da história da humanidade, o Museu do Caramulo inaugura a exposição “A Arte da Persuasão”, debruçando-se sobre o tema fascinante da propaganda em tempo de guerra. Fascinante pelo seu impacto, pelas diferentes formas como foi implementado nas várias nações, pela quantidade sem precedentes em que foi produzida (só nos Estados Unidos da América produziram-se mais de três mil cartazes neste período), mas acima de tudo pela forma de arte que ela assumiu, cumprindo com o objectivo de uma qualquer outra obra de arte: provocar emoções nas pessoas e mudar o mundo.
Um dos principais, e seguramente mais eficazes meios utilizados para motivar os cidadãos foi o cartaz impresso. Não só pela facilidade com que era produzido mas também pela simplicidade com que era aplicado em qualquer local ou cenário. O cartaz permitia que a sua mensagem estivesse sempre presente na mente das pessoas, sob a forma de um apelo incessante para que estas dessem mais, produzissem mais e se sacrificassem mais em prol do esforço de guerra.
Produzidos por ministérios e agências governamentais, organizações independentes (como a resistência) ou empresas privadas, este meio de comunicação vital transmitia a sua mensagem através de uma combinação de ilustrações, com um forte carácter emocional, e mensagens de texto fáceis de memorizar. Inversamente ao que sucedia na Primeira Guerra Mundial, onde os cartazes eram mais artísticos e também mais sombrios, a propaganda da Segunda Guerra Mundial (principalmente a partir de 1943) passou a recorrer a mensagens de texto simples com imagens estilizadas feitas por artistas da indústria publicitária para uma maior eficácia e compreensão.
Os cartazes impressos eram também a forma de propaganda mais democrática de todas, pois chegavam de forma igual a todo o tipo de pessoas, qualquer que fosse a sua condição. Tal como as outras formas de propaganda utilizadas neste período, os cartazes impressos inspiravam patriotismo e apelavam ao contributo, tanto individual como colectivo, a bem da causa nacional. Este contributo podia assumir diversas formas como o alistamento nas forças armadas, o racionamento de comida ou de outros bens essenciais, o esforço na produção da indústria da guerra, o cuidado com as conversas em locais públicos ou a compra de títulos de guerra, que só nos Estados Unidos da América financiou o esforço de guerra em mais de 42%.
Passados quase 80 anos sobre o fim do maior conflito da história da humanidade, o Museu do Caramulo inaugura a exposição “A Arte da Persuasão”, debruçando-se sobre o tema fascinante da propaganda em tempo de guerra. Fascinante pelo seu impacto, pelas diferentes formas como foi implementado nas várias nações, pela quantidade sem precedentes em que foi produzida (só nos Estados Unidos da América produziram-se mais de três mil cartazes neste período), mas acima de tudo pela forma de arte que ela assumiu, cumprindo com o objectivo de uma qualquer outra obra de arte: provocar emoções nas pessoas e mudar o mundo.
No auge da mobilização dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, o presidente Franklin D. Roosevelt enfatizou a magnitude dos gastos de guerra, que alcançaram os 100 milhões de dólares por dia na Primavera de 1942. O financiamento da guerra tornou-se uma responsabilidade nacional, com os cidadãos instados a comprar títulos de guerra além de pagar impostos.
A propaganda, incluindo cartazes e personagens como Bugs Bunny, incentivava os trabalhadores a investir 10% dos seus rendimentos em títulos, oferecendo alternativas acessíveis como selos de guerra para permitir que todos contribuíssem, independentemente da sua idade ou capacidade financeira.
A propaganda, incluindo cartazes e personagens como Bugs Bunny, incentivava os trabalhadores a investir 10% dos seus rendimentos em títulos, oferecendo alternativas acessíveis como selos de guerra para permitir que todos contribuíssem, independentemente da sua idade ou capacidade financeira.
Os cartazes desempenharam um papel central na elevação do moral público, tanto para os Aliados quanto para as forças do Eixo. Nos Estados Unidos, a propaganda destacava a vingança por Pearl Harbor e a honra aos soldados caídos, evoluindo para enfatizar o esforço colectivo à medida que a guerra progredia.
Estes cartazes exploravam diversas técnicas emocionais, desde o apelo ao patriotismo com imagens de bandeiras e símbolos nacionais, até à provocação de emoções como raiva e vingança ao retratar o inimigo. Independentemente da abordagem, o objectivo contínuo era inspirar e manter o apoio da população ao esforço de guerra.
Estes cartazes exploravam diversas técnicas emocionais, desde o apelo ao patriotismo com imagens de bandeiras e símbolos nacionais, até à provocação de emoções como raiva e vingança ao retratar o inimigo. Independentemente da abordagem, o objectivo contínuo era inspirar e manter o apoio da população ao esforço de guerra.
Em 1939, o orçamento de defesa de emergência dos Estados Unidos da América era de 3.300 milhões de dólares. Na Primavera de 1942, a seguir ao ataque de Pearl Harbor e à entrada da América na guerra, o orçamento cresceu para 131.000 milhões de dólares, vindo ainda a aumentar, e em grande escala, nos meses e anos vindouros. À medida que a indústria americana se lançou na produção de material de guerra, a economia expandiu de 48 milhões de trabalhadores em 1940 para 54 milhões em 1944, além dos doze milhões de homens que se juntaram às forças armadas. A produção industrial cresceu em praticamente todos os sectores. A indústria aeronáutica, por exemplo, que tinha uma força de trabalho de 48 mil pessoas em 1939, ultrapassou a barreira dos dois milhões de trabalhadores – incluindo 500 mil mulheres – em 1943.
Desde o início, os trabalhadores civis eram tratados como soldados na frente doméstica. Trocar um dia de folga por mais um dia na linha de produção transformou-se numa questão de patriotismo. Os cartazes alimentaram este sentimento patriótico, pedindo aos trabalhadores que produzissem continuamente mais armamento para as tropas no terreno.
A questão da greve também passou a ser abordada de forma diferente. Se antes da guerra era uma luta por melhores salários ou melhores condições, fazer greve durante a guerra era considerado traição e anti-patriotismo, tendo mesmo os sindicatos assumido um compromisso de não fazer greve durante o estado de emergência nacional.
Em todos os países intervenientes na guerra, sem excepção, houve um forte compromisso com a produção, pois o sentido de que esta podia significar a vitória ou antecipar o fim da guerra era claro. Prova disso foi a enorme quantidade de cartazes produzidos também por empresas privadas, incitando à motivação e ao esforço na produção pelos seus trabalhadores, assim como apelando para estes não falarem do seu trabalho sob a pena do inimigo estar à escuta.
Desde o início, os trabalhadores civis eram tratados como soldados na frente doméstica. Trocar um dia de folga por mais um dia na linha de produção transformou-se numa questão de patriotismo. Os cartazes alimentaram este sentimento patriótico, pedindo aos trabalhadores que produzissem continuamente mais armamento para as tropas no terreno.
A questão da greve também passou a ser abordada de forma diferente. Se antes da guerra era uma luta por melhores salários ou melhores condições, fazer greve durante a guerra era considerado traição e anti-patriotismo, tendo mesmo os sindicatos assumido um compromisso de não fazer greve durante o estado de emergência nacional.
Em todos os países intervenientes na guerra, sem excepção, houve um forte compromisso com a produção, pois o sentido de que esta podia significar a vitória ou antecipar o fim da guerra era claro. Prova disso foi a enorme quantidade de cartazes produzidos também por empresas privadas, incitando à motivação e ao esforço na produção pelos seus trabalhadores, assim como apelando para estes não falarem do seu trabalho sob a pena do inimigo estar à escuta.
A mobilização da população americana ultrapassou os simples apelos ao trabalho e financiamento da guerra, com os cidadãos a serem constantemente lembrados do seu papel activo na defesa da frente doméstica. Com o medo de raides aéreos, voluntários de defesa civil monitoravam os céus e organizavam patrulhas de segurança, enquanto exercícios de "blackout" eram realizados como forma de preparação para bombardeamentos inimigos.
Apesar de raros, os ataques japoneses ocorreram, incluindo submarinos a atingir refinarias e bombas incendiárias largadas de balões de ar quente. Juntaram-se mais de dez milhões de voluntários ao esforço doméstico até ao Verão de 1942, e os trabalhadores em indústrias relacionadas com a guerra foram instruídos a manter sigilo sobre as suas atividades, temendo espionagem inimiga. Os cartazes alertavam que "Conversas descuidadas afundam navios" e "Conversas descuidadas criam baixas desnecessárias".
Apesar de raros, os ataques japoneses ocorreram, incluindo submarinos a atingir refinarias e bombas incendiárias largadas de balões de ar quente. Juntaram-se mais de dez milhões de voluntários ao esforço doméstico até ao Verão de 1942, e os trabalhadores em indústrias relacionadas com a guerra foram instruídos a manter sigilo sobre as suas atividades, temendo espionagem inimiga. Os cartazes alertavam que "Conversas descuidadas afundam navios" e "Conversas descuidadas criam baixas desnecessárias".
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos passaram por uma rápida transformação industrial, direccionando as suas fábricas para a produção de materiais bélicos, provocando assim uma escassez de bens de consumo. Tudo isso resultaria no racionamento de gasolina, pneus e alimentos, com medidas como a redução da velocidade máxima e a reciclagem para apoiar o esforço de guerra. Os produtos domésticos deixaram de ser fabricados, incentivando campanhas de moderação e reciclagem.
Os "jardins da vitória" surgiram como resposta à escassez, inicialmente enfrentando resistência governamental, mas acabaram por se tornar populares, fornecendo alimentos e reflectindo um esforço colectivo. Apesar do Programa de Racionamento, muitos americanos violaram as regras de forma a obter certos bens durante a guerra.
Os "jardins da vitória" surgiram como resposta à escassez, inicialmente enfrentando resistência governamental, mas acabaram por se tornar populares, fornecendo alimentos e reflectindo um esforço colectivo. Apesar do Programa de Racionamento, muitos americanos violaram as regras de forma a obter certos bens durante a guerra.