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Caderneta de Cromos

Do brinde ao hábito, os cromos colados em cadernetas tornaram-se pequenas enciclopédias ilustradas — memória doce de um tempo coleccionado.

A partir de 1837, data em que o processo de impressão a cores foi possível, a “cromolitografia”, a vulgarização de pequenas estampas, começou poucos anos após e tornaram-se tão atractivas que industriais e comerciantes começaram a associar estampas litografadas (cromo litografadas) aos seus produtos, quer como decoração de embalagens, colando rótulos nas suas faces, quer como brindes oferta aos clientes, como uma estratégia de habituação ao consumo e daí o terem surgido diversos tipos de colecções. Colar cromos em cadernetas tornou-se um hábito burguês em que graúdos mas sobretudo os mais novos, se compraziam.

Cromos de chocolates, rebuçados e caramelos, mas também de outros produtos e finalmente os cromos vendidos em envelopes surpresa. Uma caderneta preenchida na sua totalidade para além do prazer e persistência é um autêntico livro, cujas ilustrações, por vezes notáveis que se sobrepõem aos textos formando monografias temáticas, mostras enciclopédicas.