Quantcast

Olegário Fernandes

As suas origens remontam a 1922, ano em que Olegário Fernandes fundou nos Anjos, popular bairro da capital portuguesa, uma pequena tipografia. Apesar das suas reduzidas dimensões, possuindo uma equipa de apenas onze empregados, esta empresa vocacionada para pequenos trabalhos, foi resistindo à pressão do tempo e às bruscas mudanças operadas no sector tipográfico após a II Guerra Mundial.

Contudo, em 1968, era visível o declínio da empresa, com um quadro de pessoal reduzido a três funcionários que trabalhavam num espaço reduzido, no meio de maquinaria obsoleta, nas quais praticamente se efectuavam apenas serviços menores como cartões de visita, brochuras, facturas, mapas contabilísticos e cartazes para festas e bailes.

Conjunto de caracteres


A revolução de 25 de Abril de 1974 encontrou a empresa em fase de transição entre os velhos processos tipográficos e a impressão em offset. Foram tempos conturbados, ultrapassados com grande espírito de sacrifício e compreensão da parte de todos os trabalhadores que nunca baixaram os braços à luta.


Numa época em que grande parte das actividades transformadoras se encontravam sujeitas ao regime do Condicionamento Industrial, lançar as bases de um novo negócio não era fácil. Havia duas formas de lidar com este problema: ou se tentava obter junto da Direcção Geral dos Serviços Industriais o precioso alvará que certificava e permitia às empresas laborar (um processo moroso e muito burocrático) ou, em alternativa, comprava-se alvarás já existentes. João Baeta, tal como muitos empresários escolheu a segunda opção, tendo adquirido o alvará da Olegário Fernandes por 250 mil escudos.

Foi assim que, aos 24 anos, este jovem empreendedor se lançou a construir as bases de um negócio estável e promissor que, com o passar dos anos e das décadas, foi crescendo, satisfazendo as suas aspirações pessoais e familiares. Os primeiros tempos foram de reestruturação e aquisição de novo equipamento produtivo, com vista a alargar o leque de trabalhos à publicidade e aos rótulos de papel.

A revolução de 25 de Abril de 1974 encontrou a empresa em fase de transição entre os velhos processos tipográficos e a impressão em offset. Foram tempos conturbados, ultrapassados com grande espírito de sacrifício e compreensão da parte de todos os trabalhadores que nunca baixaram os braços à luta. Foi também durante este período que a empresa se candidatou a fundos do recém-criado IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas Industriais, Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. na actualidade), tendo recebido um financiamento de 300 mil escudos, que abriu novas perspectivas de crescimento à Olegário Fernandes.

Nas décadas seguintes, as mudanças introduzidas pela entrada de Portugal na CEE, com a consequente modernização da sua economia, o alargamento de mercados e as novas exigências ditadas por parte dos parceiros de negócio levou à elaboração de um plano de revitalização e expansão da empresa voltado para a especialização em material de embalagem.

Em 1993, tendo em vista a concretização desse objectivo a Olegário Fernandes mudou-se para novas instalações no Cacém com uma área de 3000 m2, modernizando igualmente o seu parque de máquinas, aproveitando ainda para apresentar uma nova imagem. Dez anos depois, a empresa era já a gráfica de referência a nível nacional no sector da produção de caixas em cartolina, etiquetas adesivas e bulas médicas. Ao mesmo tempo, ampliou as suas instalações para 7000 m2, com o objectivo de centralizar toda a sua produção que até aí se encontrava dispersa entre o Cacém, Lisboa e Góis, onde possuía duas fábricas.

De modo a poder corresponder ao aumento do volume de trabalho, em 2013 as suas instalações industriais foram de novo ampliadas para uma área total de 10.000 m2, nas quais foram instaladas novas linhas de produção e acabamentos de cartonagens, bem como a actualização dos softwares de pré-impressão com workflows integrados.

No momento actual, a Olegário Fernandes conta com uma equipa de 140 profissionais e técnicos especializados, utilizando a tecnologia mais inovadora para dar resposta a todos os tipos de exigência. A empresa possui na sua carteira de clientes grandes marcas, entre as quais se destacam a Auchan, o Continente, o Pingo Doce, Vieira de Castro, Sogrape, Real Companhia Velha, José Maria da Fonseca, Sonasol, CIF, Couto, Laboratórios Azevedos, Janssen, entre muitas outras. É também uma empresa focada na responsabilidade social, dando o seu contributo para causas sociais com particular incidência na produção gráfica, e em eventos de divulgação e apoio às Instituições.

Imagens: Olegario.pt