
Para se fazer a história desta reputada marca de sabonetes e perfumaria é necessário recuar até 1887, ano em que os alemães Ferdinand Claus e Georges Ph. Schweder criaram no Porto a primeira fábrica de sabonetes em Portugal, dando origem à Claus & Schweder.
Em 1903, Georges Ph. Schewer foi obrigado a abandonar a empresa por motivos de saúde, e Claus viu no jovem Achilles de Brito, contabilista da empresa, a pessoa ideal para o substituir na gerência. Os negócios corriam de feição até que, com o despoletar da I Guerra Mundial, Ferdinand Claus foi obrigado a deixar a sua fábrica, após a nacionalização feita pelas autoridades governamentais. Em 1917, Achilles de Brito saiu da empresa, tendo fundado com o seu irmão Affonso de Brito a firma Ach. Brito no ano seguinte.
O seu empreendedorismo e know-how adquiridos durante a sua passagem pela Claus & Schweder foram fundamentais para o sucesso deste novo projecto.
Nos primeiros anos, as suas instalações fabris situavam-se na Travessa da França, até que em 1925, com a compra da Claus & Schweder, toda a produção foi transferida para a Rua Serpa Pinto. Achilles de Brito, profundo conhecedor do mercado, optou por manter a personalidade das duas marcas: a Claus mais elitista, enquanto a Ach. Brito era mais comercial. Inovadora desde o seu início, a marca apostou fortemente na qualidade e apresentação dos seus produtos através de atraentes detalhes visuais. Este binómio permitiu à Ach. Brito ganhar inúmeros prémios em feiras e exposições nacionais e internacionais.
Nos anos 1990, a marca passou por uma profunda restruturação no sentido de acompanhar as exigências do mercado. A nova estratégia passou preservar o processo produtivo dos métodos tradicionais, utilizando as melhores matérias-primas, ao mesmo tempo que era feita uma forte aposta na qualidade em detrimento da quantidade.
Até hoje, marcas como a Patti, Lavanda, Triple Alfazema ou a Musgo Real são indissociáveis da empresa, continuando esta a ter uma forte presença junto do público consumidor.
Sabia que…
O slogan dos primeiros tempos era «Não se fabrica melhor nem tam Bom!».
Na década de 1940, a Ach. Brito detinha a liderança de mercado do seu segmento, disputando-o com marcas como a Saboaria Confiança e outras marcas estrangeiras.
A partir de 1953, com a criação da sua própria litografia, a Ach. Brito passa a controlar todo o seu processo produtivo, desde o fabrico à rotulagem e acondicionamento dos produtos, produzindo ainda rótulos para empresas ligadas ao Vinho do Porto e o papel dos maços de tabaco para A Tabaqueira.